Os vereadores derrubaram na sessão desta quinta (4)
o veto do prefeito Wilson Santos (PSDB) à emenda ao orçamento geral do
município para este ano que destina R$ 1 milhão ao pagamento de vencimentos
retroativos aos profissionais da educação. Conforme o vereador Ivan Evangelista
(PPS), autor da matéria juntamente com os vereadores Antônio Fernandes (PSDB) e
Chico 2000 (PR), essa emenda é fruto de discussão com a categoria, já que a
dívida de retroativos totalizava R$ 3,8 milhões e após audiência o Sindicato
dos Trabalhadores da Educação (Sintep-Cuiabá) chegou-se ao consenso de que
neste ano 60% dos profissionais receberiam o montante referente à elevação de
nível.
Essa foi a única das cinco emendas vetadas que o plenário decidiu
promulgar. Os 16 parlamentares presentes se manifestaram favoráveis à
derrubada do veto. Apesar de também ter votado a favor da matéria, a
vereadora Lueci Ramos (PSDB) reclamou do fato de sua emenda em prol de
maior
aplicação de recursos na política de assistência social não ter
recebido aval
dos demais colegas com a derrubada do veto do Executivo. “Acredito que
a
educação precise, mas não podemos esquecer o social. Têm pessoas nas
regiões
periféricas que não tem nem o que comer”, frisou.

Projetos

Quanto aos projetos, a Câmara decidiu manter os vetos  às sete
propostas de autoria do Legislativo, inclusive a proposta do vereador Domingos
Sávio (PMDB) que pretendia proibir o uso de telefone celular nas salas de aula
das escolas municipais da Capital. A medida, de acordo com o líder do prefeito,
vereador Paulo Borges (PSDB), não sabe ao município legislar sobre
telecomunicação. “Essa lei deveria vir da esfera federal e, além disso, não
podemos proibir o uso do celular apenas nos colégios municipais e nos privados
ser liberado”.

Pollyana Araújo