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Os novos projetos e construções de novos edifícios em Cuiabá devem prever obrigatoriamente a instalação de hidrômetros individuais. Cada um deverá pagar o que consumir, não mais dividindo a conta entre todos. É o que prevê um projeto de lei de autoria do vereador Deucimar Aparecido da Silva (DEM) enviado nesta semana a Câmara Municipal da Capital. A idéia principal, segundo o parlamentar, é evitar o desperdício.

Conforme o projeto, os edifícios residenciais somente terão suas plantas aprovadas pelo órgão público municipal competente desde que, além de apresentarem na planta hidráulica um hidrômetro comum para o condomínio, apresentarem também um hidrômetro individual para cada apartamento, para aferição do consumo de água da unidade.

Os atuais prédios terão cinco anos para se adaptar. Um técnico da Companhia de Saneamento da Capital disse que individualizar os hidrômetros requer uma adaptação simples com pouco custo.

"O hidrômetro individual é um instrumento para a redução do desperdício domiciliar, pois permite que cada um conheça o seu consumo e pague somente o que consumiu. Quem gastar mais, com certeza, vai tentar economizar o máximo no mês seguinte", assinala.

De acordo com o projeto, a diferença entre o consumo total e o individual será considerado como a água utilizada para higienização das áreas comuns do edifício e será paga pelo conjunto dos condôminos do prédio.

Deucimar lembra que o sistema atual de medição de água se torna injusto na medida em que a cobrança se faz pelo consumo médio, rateado entre os moradores. "Num apartamento com cinco pessoas e noutro com uma só e que trabalha o dia todo, a diferença de consumo é grande. E quem não consumiu acabou pagando. Quem gastou mais pagou menos e, nem sempre se preocupa em economizar", ressalta.

Para o parlamentar, a expectativa é a economia nos edifícios chega em média de 30% e pode alcançar 40%. Deucimar acrescenta que o projeto está inserido no Programa Nacional de Combate ao Desperdício de Água (PNCDA) do Ministério do Planejamento e Orçamento através do Departamento de Saneamento da Secretaria de Política Urbana.

A cobrança individual é novidade em Mato Grosso, mas é uma realidade em Capitais como São Paulo, Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Brasília, Teresina, Vitória, além de metrópoles como Campinas, Foz do Iguaçu, Balneário Camburiu, entre outras mais.

Assessoria:Gabinete