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A ampliação de investimentos em saúde pública, especialmente com recursos da União e do Estado, é essencial para que Cuiabá não “passe vergonha” como sede da Copa do Pantanal de 2014 e, na própria seqüência do desenvolvimento da Cidade, nos próximos anos. A cobrança partiu de vários vereadores da Capital, durante sessão matutina, nesta quinta-feira (10/02), que se revezaram na tribuna do Poder Legislativo.
“A questão da saúde de Cuiabá chegou num ponto em que não é mais possível que seja tratada como tema secundário e exige o envolvimento de todas as esferas de governo”, argumenta o vereador Lúdio Cabral (PT), que é médico da rede pública municipal. “Da forma como é tratada, aparentemente, estão brincando com a nossa saúde pública”, proclama Cabral.
O presidente da Câmara, vereador Júlio Pinheiro (PTB), argumenta que a situação é agravada pelo crescente envio de pacientes de outros municípios, outros estados e até países vizinhos para atendimento de urgência e tratamento de saúde, na Capital. “É um quadro que vem piorando cada vez mais e providências drásticas têm de ser adotadas em caráter emergencial”, aponta Pinheiro.
O vereador Toninho de Souza (PDT) revelou que, numa pesquisa com 277 pessoas atendidas, no Pronto Socorro Municipal, constatou que, de cada 10 pacientes, sete não são de Cuiabá. “É um absurdo que, em pleno século 21, estejamos ainda na época da política da ‘ambulancioterapia’, em que os enfermos do interior são trazidos para Cuiabá em ambulâncias de suas prefeituras”, denuncia Toninho de Souza.
O líder do Executivo na Câmara, vereador Everton Pop (PP), se comprometeu em agendar uma audiência dos parlamentares municipais com o deputado federal Pedro Henry Neto (PP), secretário de Estado de Saúde. No encontro, os vereadores devem solicitar a ampliação dos recursos para o setor, na Capital, já que, atualmente, o Estado repassa R$ 3 milhões, quando seriam necessários no mínimo R$ 7,5 milhões para amenizar o problema.
No entanto, o líder do PP na Câmara, vereador Deucimar Silva, ressaltou o compromisso de seu partido e de Pedro Henry, que é médico, com a saúde pública. “Eu não tenho dúvidas de que tudo que estiver ao alcance do secretário Pedro Henry será feito por nossa cidade”, resumiu Deucimar.
Ronaldo Pacheco