Contrário ao uso da força policial para enquadrar trabalhadores ou mesmo para fazer valer a legislação vigente, o vereador Misael Galvão (PR) classifica como indispensável uma ação direta do poder público, criando oportunidades de emprego e renda, para regularizar o comércio popular na área central de Cuiabá.
“A responsabilidade de liderar esta solução é da Prefeitura de Cuiabá , pois ela tem os recursos necessários para investir, permitir e emitir licenças, devendo identificar e chamar as partes interessadas para dialogar, em busca de alternativas”, argumenta ele.
Misael se colocou à disposição da municipalidade e dos camelôs para discutir o tema, com a experiência de 20 anos de atuação na Associação dos Camelôs do Shopping Popular de Cuiabá. “Graças a esse trabalho, conseguimos a criação da Lei dos Sacoleiros, beneficiando camelôs de todo o país, conquistando o respeito da sociedade e a possibilidade de trabalharmos dentro da legalidade”, observa.
“Devemos tratar com dignidade e respeito os camelôs que se instalaram nas ruas e Avenidas da Capital”, sugere ele. Galvão afirma que há necessidade de agir com maturidade para evitar “soluções radicais que só contribuem para aumentar o conflito, sem que se chegue a uma solução adequada, evitando que ocorram os mesmos erros do passado”, pondera Misael.
O vereador Domingos Sávio (PMDB) sugere que a Prefeitura Municipal elabore projetos de criação de emprego e renda, com base em modelos da Agência de Fomento do Estado (MT Fomento) e do Banco Municipal (Cuiabanco) junto aos trabalhadores do comércio popular.
“Assim temos certeza de que não estaremos deixando milhares de pais de família sem emprego e, ao mesmo tempo, liberando as ruas da área central de Cuiabá”, emenda Domingos Sávio.
Ronado Pacheco