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O consumidor paga para ter água diariamente nas caixas d’água elevadas dos bairros de Cuiabá, mas, geralmente, recebe o precioso líquido, em média, duas ou três vezes por semana, nos reservatórios postados em lugares baixos, próximos às torneiras.
Não é de agora que falta água na Capital, mas, nos últimos anos, o problema tem se agravado a cada dia, e, por isso, os vereadores de Cuiabá têm cobrado da Companhia de Saneamento da Capital (Sanecap) soluções para o caso.
Para minimizar o sofrimento da população, que, muitas vezes, recebe a conta em casa, mas não tem água na torneira, a Câmara de Cuiabá realizou sessão especial, na manhã desta terça-feira (15/02), para debater sobre esta grave situação e cobrar dos diretores da Sanecap alternativas viáveis para acabar com a falta de água em Capital, que atinge desde bairros da área central e se agrava naqueles situados em regiões periféricas.
Um dos parlamentares que usaram a tribuna para cobrar melhorias no serviço oferecido pela Sanecap foi o vereador Clovito. “A população não pode esperar mais. O povo quer pagar a conta, mas quer água em casa”, afirmou o vereador, que se diz favorável à concessão da Sanecap.
Já o vereador Misael Galvão questionou o trabalho realizado pelo órgão. Segundo ele, falta gestão na Sanecap. O vereador Totó César perguntou aos diretores sobre as contas que, em muitos casos, chegam a R$ 2 mil em algumas residências. “Conheço pessoas que recebem contas com alto valor, mas não tem água em casa. Como resolver essa situação, indagou o vereador”. 
Outra situação levantada por Totó César é quanto ao atendimento por telefone, que, segundo ele, deveria ser melhor. “Eu mesmo, liguei seis vezes seguidas para conseguir falar coma telefonista”, declarou.
Para o vereador Chico 2000, o problema da Sanecap vai além da falta de recursos, mas também de pessoal. Da tribuna, ele também aproveitou para falar dos buracos com vazamentos espalhados por toda a cidade.
Quem também se declarou a favor da concessão ou privatização da Sanecap foi o vereador Pastor Washington. Já a vereadora Lueci Ramos disse que a ETA Tijucal era a esperança da população cuiabana, inclusive do Legislativo municipal, mas, agora, percebe-se que o problema continua. “Será que fomos enganados”, questiona a parlamentar.
Durante mais de duas horas, os diretores da Sanecap ouviram e responderam os questionamentos dos vereadores. Em resposta às diversas perguntas feitas, o presidente da Sanecap Antonio Carlos Ventura disse que reconhece alguns problemas apontados, como a falta de pessoal e de recursos para atender a demanda e lavar água a todos os bairros.
 
Andréia Cruz