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25/05/2011
Câmara de Cuiabá vai discutir saneamento básico em audiência pública
Em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, a Câmara Municipal de Cuiabá realizará no dia 3 de Junho, às 9 horas, uma audiência pública para falar dos problemas que a Capital enfrenta com a falta de saneamento básico e o seu impacto na saúde pública e no meio ambiente.

“Nosso objetivo é enfrentar abertamente os problemas de degradação ambiental,” informa o presidente da Câmara Júlio Pinheiro. Ele pontua que é preciso discutir a situação e, para isso, foram convidados especialistas no assunto, como o químico industrial do Instituto Trata Brasil, Édison Carlos, que irá fazer um panorama da atual situação da coleta e tratamento de esgoto e efluentes no Brasil.

O economista Rudinei Tonedo  Junior vai falar sobre as restrições  à expansão dos investimentos no saneamento básico brasileiro  e as perspectivas depois da lei 11.445/2007”.

Já o palestrante Nelson Ribeiro de Albuquerque, que é engenheiro hidráulico, vai falar sobre a atual situação dos serviços de água e esgoto  em Cuiabá. Albuquerque é funcionário da Companhia de Saneamento da Capital (SANECAP) e tem experiência em planejamento e comunicação e já foi diretor técnico e presidente da Prodecap (Progresso e Desenvolvimento da Capital).

Para se ter uma idéia, Cuiabá está no 55º em um estudo - publicado pelo Instituto Brasil baseado em dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento 2008, do Ministério das Cidades - sobre a situação do esgotamento sanitário nas 81 maiores cidades brasileiras, pois a cidade enfrenta problemas de abastecimento intermitente de água e despeja 93% do esgoto gerado in natura no Rio Cuiabá, que nos últimos anos já chegou ao nível 2 de poluição.

“É um direito básico de todos, mas que, infelizmente, muitos ainda não têm. Isso precisa mudar com urgência, declara Júlio Pinheiro.

Conforme dados publicados pela revista Veja, na última década o país registrou seu pior desempenho histórico na expansão da rede de esgotos. A proporção de residências brasileiras ligadas à rede de esgotos é semelhante à de alguns países africanos e inferior à de países latino-americanos, como o Equador.

Na atualidade, espantosos 45% dos domicílios brasileiros ainda permanecem desconectados do sistema de escoamento. São quase 100 milhões de pessoas que usam fossas sépticas ou despejam seus esgotos em valas a céu aberto ou diretamente nos rios, como ocorre aqui em Cuiabá, e ainda no mar, no caso das cidades do litoral.

Na década passada, o sistema se expandiu à taxa pífia de 1,58% ao ano, o pior resultado nos últimos 40 anos. Para completar, o Ministério das Cidades planeja investir apenas 14,5 bilhões de reais no sistema de coleta nos próximos quatro anos, valor que não chega a um décimo do necessário para estender a rede de coleta à totalidade das residências.

As consequências disso são graves. No país, morrem sete crianças todos os dias por doenças causadas por falta de tratamento de esgoto, pelo proliferamento de doenças como diarreia, hepatite, esquistossomose e leptospirose.

Nos últimos dez anos, cerca de 700 mil internações hospitalares ao ano foram causadas por doenças relacionadas à falta ou inadequação de saneamento. Segundo estudo da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), cada real investido em saneamento ambiental gera economia de R$ 4 em saúde e assistência médica.

Josiane Dalmagro



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