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Sindicatos e entidades de movimentos sociais da saúde de Cuiabá participaram hoje (30/05), na Câmara de Cuiabá, de uma audiência pública que discutiu a Medida Provisória (MP520) aprovada pela Câmara Federal no último dia 25 deste mês que trata da criação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH). Embora estatal e vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a nova entidade terá personalidade jurídica de direito privado e patrimônio próprio.

Para a Coordenadora Geral do Sindicato dos Trabalhadores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Ana Bernadete, a nova empresa não vai resolver os graves problemas que existem nos hospitais universitários e ainda vai trazer consequências futuras profundas, prejudicial aos servidores, estudantes, docentes e usuários do SUS.

“É necessário a mobilização de todos os profissionais, pois estão destruindo a saúde pública, que é um direito constitucional, e também os hospitais universitários.” Para ela, o Hospital Júlio Müller está perdendo seus recursos. “Com a aprovação da MP 520, a Câmara Federal deu uma apunhalada na autonomia das universidades federais”, destacou a sindicalista.

Requerida pelo vereador e líder do PT no Legislativo Municipal, Lúdio Cabral, a audiência refletiu sobre uma temática nacional que vai de encontro com a luta da sociedade em defesa da saúde pública. Durante a sessão, Lúdio lembrou que os hospitais universitários possuem uma grande função social, que é a de formar novos profissionais de saúde.

Participaram da audiência o presidente da Associação dos Docentes da UFMT, Carlos Alberto Eilert, vice-reitor da UFMT, Francisco Souto, o coordenador Geral do Diretório Central dos Estudantes, Márcio Braga de Almeida e o secretário de Saúde  da Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Adrielle Piovezan