Secretaria de Comunicação

Com o intuito de amenizar o caos que se encontra a saúde pública na Capital e facilitar o trabalho da Prefeitura de Cuiabá, a Comissão de Saúde da Câmara de Cuiabá, presidida pelo vereador Ricardo Saad (PSDB), deu início no dia 15 a “Rota da Saúde”.

Inicialmente, o tucano, acompanhado dos vereadores Renivaldo Nascimento e Oseas Machado, vice e membro do grupo, respectivamente, visitaram as policlínicas do Verdão e do Planalto a fim de verificar, in loco, a situação estrutural e de atendimento de cada ponto de atendimento. O secretário-adjunto de Saúde, Fernando Antônio Santos, também participou da visita.
Na oportunidade, os parlamentares foram recebidos pelas coordenadoras das unidades que lhes apresentaram os setores do local e repassaram toda a demanda da Casa.

A intensão da Comissão é visitar as quatro demais policlínicas no início dessa semana. Após isso, os parlamentares também irão aos Programas de Saúde da Família (PSFs). Ao final, será elaborado um relatório detalhado e que será repassado para o prefeito Mauro Mendes (PSB), bem como ao secretário de Saúde, Kamil Fares (PDT), para que sejam tomadas as devidas providências.

“Eu sei que a saúde é difícil. Eu sou médico. É por isso que nós estamos fazendo este trabalho. Todo mundo tem que participar e dar a sua cota de contribuição”, afirma Saad.
Entre as problemáticas relatadas pela diretoria das policlínicas que já foram fiscalizadas pela Comissão está a ausência de médicos, em especial na do Verdão. A principal dificuldade na contratação de mais profissionais está na baixa remuneração oferecida pelo Executivo Municipal: R$ 1,6 mil.

“Hoje, os médicos tem três quatro empregos e não conseguem cumprir seu horário em nenhum e nem oferece um bom atendimento. Se ele receber melhor, trabalha menos e muito melhor”, pontua o vereador tucano, que defende uma revisão salarial da classe.

De acordo com uma das coordenadoras da unidade, Silvinha Figueiredo a grande maioria dos médicos que atendem no pronto atendimento são prestadores de serviços que são recrutados corriqueiramente devido à falta de médicos efetivos. Além disso, não há cardiologista em nenhuma das seis policlínicas da Capital.

Desta forma, o secretário-adjunto garantiu que o município já está atuando para suprir essa necessidade chamando os classificados do concurso realizado no ano passado e programando a realização de um novo processo seletivo que deve ter seu edital lançado até março.

Enquanto isso, afirma que a Prefeitura contratou 53 novos médicos para atender nas Policlínicas. Ele ainda acrescenta que até o final do ano o prefeito Mauro Mendes irá fazer uma revisão salarial da classe.

A policlínica do Planalto, por sua vez, possui um déficit de enfermeiros. Apesar disso, as demandas desta unidade são mais estruturais. O prédio se encontra cheio de infiltrações e os equipamentos para atender os pacientes, como cadeira de rodas, maca de transporte e ambulâncias estão em péssimas condições.

“Essa são pequenas coisas que podem ser resolvidas a curto prazo. As demais, vamos lutar, cobrar e ficar em cima para que sejam sanadas e a população passe a ter um atendimento de qualidade. Tá faltando médico e estrutura para que eles possam trabalhar. Outra coisa que me surpreendeu foram os exames. Eu fiquei abismado em ver policlínicas destes tamanho não fazem exame de ultrassom. Vamos tentar buscar uma solução para isso também”, garantiu.

Assessoria de Gabinete