Secretaria de Comunicação

No Grande Expediente da sessão plenária de hoje (04-04) da Câmara Municipal, o vereador petebista Dilemário Alencar voltou a se pronunciar veementemente para exigir a volta dos cobradores nos coletivos urbanos da capital. A ausência desses profissionais tem causado vários problemas no sistema, em prejuízo direto dos seus usuários, disse. Alencar alertou ainda para o risco de acidentes, a exemplo do que aconteceu no Rio de Janeiro, quando um ônibus despencou de viaduto após o motorista se desentender com um passageiro.
 
"Aquele acidente, que causou mortes, poderia ser evitado. O estresse de um motorista que cumpre função de cobrador é muito maior. Em Cuiabá, o sistema de transporte está completamente falido. Os ônibus têm andado lotados, sem ar-condicionado, com atrasos sucessivos e uma quantidade insuficiente à demanda atual. Idosos, crianças e deficientes, entre outros, estão sendo maltratados. Soma-se a isso a ausência dos cobradores, e a exigência inconstitucional de que o usuário pague sua passagem somente pelo sistema eletrônico de cartão, não com dinheiro".
 
Segundo o vereador, essa exigência não tem qualquer amparo legal, pois a Constituição Federal garante o emprego da moeda corrente no País para quitação de encargos diversos, inclusive passagens de coletivos urbanos. "Vou a Campo Grande-MS conversar com um integrante da OAB daquele Estado. Lá, o órgão conseguiu derrubar isso. Baixou um parecer que está valendo. Em Campo Grande, o cidadão pode pagar as tarifas com dinheiro. Será um divisor de águas para o presente impasse em Cuiabá. É algo que precisa ser validado aqui também. Eu e vereadora Lueci Ramos elaboramos um requerimento para esse assunto ser debatido numa audiência pública".
 
Dilemário afirmou também que os empresários de transportes querem direcionar à Câmara Municipal de Cuiabá as decisões emanadas do setor. "Disseram inclusive à imprensa que atuam de acordo com as deliberações deste Parlamento. Quer dizer: jogam a culpa em cima dos parlamentares. Mas nós não vamos aceitar que coloquem o dedo em riste nas nossas caras. Isto, não! São empresários caras de pau. Dizem até que não temos coragem de enfrentá-los".

João Carlos Queiroz Secom-Câmara