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O representante da Sociedade Centro Oeste de Hipertensão Arterial, Luis Scala, disse na tribuna livre da última sessão plenária, da importância da ampla participação da sociedade na luta contra a doença. Pesquisa realizada pelas equipes de hipertensão do instituto de Saúde Coletiva e Hospital Universitário Júlio Muller(HUJM) da Universidade Federal de Mato Grosso(UFMT)revela que 33,4% da população adulta de Cuiabá na faixa etária de 18 a 74 anos, é hipertensão.

Cuiabá apresenta hipertensão acima da média nacional que é de 30%. Cerca de 70% das pessoas residentes na capital, com idade igual ou superior a 60 anos têm hipertensão. Entre os idosos com mais de 70 anos, esse índice chega a 78,3% acometendo mais mulheres (76,7%) do que homens (66,9%).

Dados do IBGE (2002) e do Ministério da Saúde revelam que cerca de 40 milhões de brasileiros estão acima do peso ideal, e entre 15 e 290 milhões de pessoas tem hipertensão, das quais 3,5 milhões são crianças e adolescentes. Segundo dados da pesquisa, as doenças cardiovasculares foram responsáveis pela morte de 274 mil brasileiros em 2003, o dobro de mortes por todos os tipos de câncer .

De acordo com as explicações do cardiologista Luiz Scala entre os fatores de risco para a mortalidade, a hipertensão é responsável por 40% das mortes por Acidente Vascular Cerebral (AVC) e 25% daquelas por doença coronariana. A hipertensão contribui, direta ou indiretamente, com 46% de todas as causas de morte, por todas as idades. Outro dado alarmante é que no Brasil 15 milhões de hipertensos desconhecem esta condição.

Inúmeras capitais brasileiras regulamentaram essa semana através da criação de leis municipais a Semana de Prevenção à Hipertensão Arterial. Em Cuiabá já tramita na Câmara Municipal Projeto de Lei com esta finalidade. O projeto da vereadora Enelinda Scala (PT), segundo o cardiologista, contribuirá para a divulgação e diagnóstico dessa doença que acomete milhares de cuiabanos.

Assessoria: Secom CâmaraCba/Roseli Cordeiro