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04/12/2015
Avaliação - um processo formativo
Luiz Alves - Secom CMC
Vereador Néviton Fagundes
No dia em que se comemora o “Dia do Orientador Educacional”, em 04 de dezembro, há muito a celebrar, mas também, é necessário discutir diversos temas que envolvem o processo de ensino aprendizagem. Neste sentido, trazemos algumas reflexões sobre um dos pontos mais debatidos, que é o processo de avaliação dentro da escola.

As propostas curriculares atuais determinam a avaliação escolar como um instrumento, da qual o professor possui para pensar sobre sua prática pedagógica. Assim, a avaliação deve ocorrer continuamente, como parte integrante e intrínseca do processo de ensino e aprendizagem, e não após o termino das etapas de trabalho, como pratica a tradição escolar.

Numa perspectiva tradicional, a avaliação se mostra uma construção de notas ou conceitos dos alunos, de modo a classificá-los dentre os demais alunos da turma e/ou da escola. É uma forma de julgamento (na perspectiva do aluno), o fracasso ou o sucesso do aprendiz, o que se torna um instrumento de discriminação e controle social.

As mudanças são significativas entre professor e aluno, são fruto de várias posturas imaturas e superficiais nessa relação, em que o autoritarismo confunde-se com o ato de dar uma nota baixa - na postura de um professor exigente. Sendo assim, algumas considerações são importantes: Será que ser exigente é fazer uso da nota, como meio de controlar o aluno? Será que ainda estamos vivendo na época em que os acertos de contas professor/ aluno eram feitos através das notas, que ficavam sob o domínio absoluto da subjetividade de cada professor.

A nosso ver, devemos ter um olhar clínico, para detectar o que o aluno sabe. Quando isto não ocorre e, fatos como os citados acontecem, tiramos dele mais do que as notas do boletim. Tiramos notas da construção, da auto-estima e das possibilidades do indivíduo constituir-se como ser único.

Além disso, a nota não incide somente sobre o aluno, mas também sobre o professor. Isso que dizer que, quando se avalia a aprendizagem dos alunos, avalia-se o processo de ensino. A avaliação é útil não apenas para fornecer subsídios ao professor, mas também ao aluno, uma vez que, por meio dela, o aprendiz tem a oportunidade de conscientizar-se sobre os conteúdos que aprendeu e aqueles que ainda precisar dominar. Apontar o erro ou a deficiência é algo que deve ser entendido pelo aluno como mais uma oportunidade de aprendizagem.

Mesmo percebendo sua autonomia, o medidor pode, em determinados pontos, falar a tarefa que será avaliada pela própria criança, ou seja, sugerir que ela avalie a si mesma. Percebemos que, ao se avaliar, o desenvolvimento da criança favorece a construção da autonomia do aprendiz. Avaliar a aprendizagem, portanto, implica avaliar o ensino oferecido: se, por exemplo, não há a aprendizagem esperada, isso pode significar que o ensino não cumpriu sua finalidade: a de fazer aprender.

Os procedimentos para avaliação mostram um local de importância no conjunto da visão pedagógica aplicada, no qual está o processo de ensino e aprendizagem. Avaliar, neste sentido, não se resume em ver o conceito estatístico, tendo em vista que não é meramente dar notas aos alunos, mas obrigatoriamente decidir pelo avanço ou retenção em determinadas matérias.

A instituição escolar precisa apresentar um importante papel na compreensão da prática dos professores, portanto, sabendo da influência da avaliação classificatória e da necessidade que se tem de repensar o próprio trabalho, em busca de avanços mais abrangentes, que sejam cotidiano e fundamentado em critérios, contudo, num processo contínuo, sistemático e participativo do ensino-aprendizagem. 

É importante perceber o processo de ensino, que deve ocorrer constantemente e andar lado a lado com o aprendizado, sabendo que a atribuição de metas para ambos é uma pratica necessária e ideal no meio escolar, fazendo parte da prática docente na escola. 

Que o professor tenha em mente o que é a avaliação, para que ela serve e como desenvolvê-la. É através dela que o professor e a escola podem estar analisando a competência da pratica pedagógica e investigar se os procedimentos utilizados realmente serviram para atingir os objetivos propostos, então, cumprindo seu modelo na prática pedagógica, o processo de avaliação contribui para a assimilação e, a correção dos erros cometidos, possibilita o aprimoramento, a ampliação e o aprofundamento de conhecimento e habilidades, desta forma, favorece o desenvolvimento das capacidades cognoscitivas.

Percebemos que o assunto é bastante concentrado e estudado entre os profissionais da área da educação, percebe-se que a avaliação é parte integrante para uma ação que vise o crescimento do aprendizado e a observação das falhas, na busca por soluções para os problemas que estão incomodando, pois esse é o momento de estar aperfeiçoando saberes e a partir dele, estar construindo novos saberes que possibilitarão ao docente e a escola, em conjunto, aumentar qualitativa e quantitativamente os rendimentos no ensino-aprendizado para atingir os objetivos que são traçados. Possibilita uma série de observações e reflexões, sobre todos que estão interligados e precisam estar em consonância e equilíbrio para que o pedagógico possa caminhar bem.

Diante dos resultados da avaliação é preciso considerar os seguintes aspectos e verificar se eles têm relação direta com uma educação de qualidade, são eles: gestão, comunicação entre os sujeitos da escola, formação dos professores, relacionamento entre coordenação e professores, materiais pedagógicos, estrutura física, quantidade de alunos na sala de aula, a forma como o trabalho esta sendo realizado, se de forma individual ou colaborativa entre os pares, planejamento.

Neviton Fagundes Moraes é vereador em Cuiabá e professor da rede municipal de ensino há mais de 20 anos.



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