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A coordenadora do Movimento “Um Grito pela Paz”, Elaine Duarte chamou a atenção da sociedade cuiabana para as crianças do mundo todo que sofrem violência e diversos tipos de agressão como a física, sexual, e psicológica. “Diante dessa realidade nos tornamos indivíduos sem atitudes, muitas vezes nos escondemos, nos refugiamos em lares semelhantes a uma prisão, erguemos muros, grades, cercas elétricas. Vivemos amedrontados pelas superficialidades das relações, pela ausência de ética e excesso de egoísmo, mentiras e de ambições que ainda configuram estratégias do jogo social”, afirmou.

O Dia Mundial das Crianças Vítimas de Agressão ou Internacional contra a Agressão Infantil, melhor ainda, Dia Internacional das Crianças Vítimas Inocentes da Violência e Agressão como é denominado pela ONU, que o criou em 04 de junho de 1982, não como data para comemorar, mas para refletir a respeito.
Elaine relata que a violência contra a criança é um assunto que desperta interesse de toda a sociedade que busca entender as razões de tal abuso. Até o século XVIII, a criança era pouco valorizada e muito desrespeitada, vítimas de abusos sexuais, trabalhos forçados, e submetida a todo tipo de agressão. Somente no século XIX, as crianças passam a ser percebidas como seres humanos autônomos e ganham espaço e políticas públicas voltadas para a defesa dos direitos e contra a violência.

Afirmou ainda que cuidar das crianças não é dever exclusivo dos pais, mas também dos parentes, da comunidade, dos profissionais de saúde, dos líderes de modo geral, dos educadores, dos governantes, enfim, da sociedade como um todo. “A omissão é um crime grave e deve ser combatida com rigor”, disse.

Com assessoria: Roseli Cordeiro